segunda-feira, 28 de junho de 2010

Breve Classificação dos Portugueses

Uma reflexão sobre a dinâmica social dos Portugueses e os seus efeitos na sociedade. Do imobilismo assumido de quem não se interessa à mobilização ineficaz de quem, interessando-se, o faz da forma errada. Ler aqui.

3 comentários:

  1. Caro amigo:

    Antes de mais os parabéns pelo texto. Deixo apenas um breve comentário pessoal, relativamente ao excerto em que o meu amigo diz: "Ora aqui há que distinguir o essencial do acessório e deixar o mercado funcionar".

    Não ficarão assim, porventura os novos idealistas-pragmáticos na mão dos idealistas de mercado?

    A quem cabe, senão a estes, a tarefa de garantir que o mercado funciona no seu propósito de "distinguir o essencial do acessório"?

    O que esperar do idealista pragmático, que defende princípios contra o mercado?

    Que valores residem nos princípios daqueles que são mais fracos, os que não sobrevivem ao "laboratório", aqueles cujas ideias são menos apelativas e por isso menos sujeitas a "trocas" com os outros?

    E se por mero acaso, todos dependermos da manutenção daquilo que parece ser, pelas regras do mercado, meramente "acessório"?

    A origem latina do termo "mercado" parece remeter para a "compra" e a "troca". Será portanto essencial para os idealistas de mercado, tudo aquilo que envolva e potencie estas duas acções.

    Pobre daquele que defendendo minimizar as compras e as trocas entre os homens se veja no meio de tal sistema...

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  2. A ideia dos idealistas-pragmáticos cultivados em laboratório não passa de uma metáfora provocatória. O que se passa é que o grupo de idealistas que melhor e mais cedo se adaptar ao ideal-pragmatismo terá, por selecção natural, maior expressão.

    Isto só depende dos próprios... é um mercado sem atropelos que chega para todos.

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  3. mercadoria:

    s.f.
    1. Aquilo que é objecto de compra e venda.
    2. Aquilo que se comprou e que se expõe à venda.

    Para tornar a coisa mais pragmática dou-te dois exemplos políticos de idealistas-pragmáticos atropelados (que sempre os houve na minha opinião, mas não com a expressão devida, pois esta é já demasiadamente condicionada pelos idealistas de mercado):

    - os idealistas "verdes", sendo perigosos na sua posição de princípio em minorar o impacto do homem no meio, foram "encostados" ao comunismo onde se defendem os trabalhadores.. ou seja os que trabalham, que é como quem diz, os que produzem impacto sobre o meio, além dos produtos claro está. Parece quase maquiavélico que assim seja... veja-se quantas, das poucas expressões comunistas-verdistas que nos entram mediatizadas pela casa dentro, cabem aos verdistas...quase nos esquecemos que existem.

    - os movimentos sindicais, sendo os idealistas que pragmaticamente defendem no terreno (dentro das empresas) os direitos dos trabalhadores em concreto, foram progressivamente perdendo visibilidade nos media (que é quem promove a sua expressão) a par com os próprios comunistas (... e o verdes). Mas pelo contrário os idealistas do consumo (haverá coisa mais pragmática que defender o acto de consumir?) através das associações de defesa dos "consumidores" surgiram em força e viram a sua visibilidade aumentada. Será apenas coincidência que uns defendam o que não é monetarizável, ou sendo-o represente um custo para as empresas, ou uma barreira à produtividade, e outros defendam o direito ao consumo, que é a fonte de lucro das mesmas, e um incentivo ao mercado e à produtividade?

    Os atropelos já existem, são é subtis...

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